segunda-feira, 6 de setembro de 2010



(FOTO) Samuel e uns cara todos felizes em dividirmos boas notícias no meio do carnaval!!!!!!!
Essa letra de rap é inédita, eu ainda não lançei, mas tá aqui:


De Armadura

Armadura, armadilha, não é fraqueza, andar mais uma milha milha,
Laço, buraco e folhas de bananeira,
Esperando o cara, fim de linha, ratoeira,
Animal ferido, se distanciando do bando,
Ovelha desgarrada desobedeceu o comando,
Venhamo e convenhamo este filme eu já vi,
Por debaixo dos pano o maluco morre sem sentir,
É, um resto mortal gordo de mais de 1 milhão de dias,
Enterrado no silêncio culpando quem não devia,
Grito rouco de 1822,
Caviar pros puxa saco pra pobre feijão e arroz,
Tá viajando?Esse Brasil é pau mandado a mais de ano,
Com prostitutas vendendo seu traje de gala,
Meninos e meninas em troca de pirulito e bala,
Trincheiras, máquinas de apertar,
Escondem seus demônios pra colocar no meu lugar,
Tô de zuada não, vamos juntando nossas tralha,
Pra ir morar no céu, por aqui só migalha,
Ouço choro de crianças, vejo rostos de inocentes,
Não estão silenciosas, foram mordidas de serpentes,
Um homem carrega no bolso, a foto de um feto,
Caminhão sem freio, seringas até no teto,
Governo assinando com sangue sua culpa no caso,
Compram a novidade, escondem o fragrante no vaso,
No cheque pré, quilos e quilos de virose,
Pra morar na minha mente, inventar uma neurose,
È dose, pra leão,
Ser manipulado e ainda ter que achar bão,
Perdidos, confundidos, vejo uma procissão,
Homens sem face marchando pra dentro de um canhão,
Disparados em disparada, viraram flores de espinhos,
Travaram seu destino, escolheram seu caminho,
Violentados, abusados, e se vingam na clik da caneta dos deputados,
Mas serão plantados, enxofre no regador,
As flores tem dentes caninos saciados de falso amor,
O príncipe, com vestes podres, caminha lento, falto de cores,
Seus súditos são manjados, escolhidos no senado,
Batendo palma sem sono pruns gato pingado,
Sacrifícios secretos, crianças perdidas,
Brasil culpado, perdendo um milhão de vidas,
Eu vejo helicópteros, não, são escaravelhos,
Pousando em cima dos pobres do Evangelho,
Candidato, vingador nato, caverna de dragão,
Mestre dos magos não nos tirará dessa prisão,
Oh!Sem querer achei a solução,
A estrela do curral me mostrou onde eles estão,
Mas o povo vibra, samba, canta e é feliz,
Com os cofres saqueados bem debaixo do seu nariz,
Gordos de preguiça, fingindo de cansados,
Tirando meleca, procurando culpados,
E eu finjo que não vejo, estalo o dedo, mais uma idéia,
Meu ato é desafiador, show sem platéia,
E mata, morre, faz viver e dá conselho,
Dribla, chuta, e não olha no espelho,
Mas nos meus panfletos,
Uma multidão de ex-esqueletos,
De homens de rostos definidos,
Corajosos e com noção do perigo,
Ricos falidos, de filme queimado,
Protegidos, não pelo delegado,
Pegando carona pra qualquer lugar,
Pobres de fusca, tem que empurrar,
Vivendo e aprendendo, travando e dando pau,
Fazedores de milagres, sem sonrrisal,
Um exército descalço, de tirar seu sono,
Pra conquistar o céu, que essa Terra já tem dono,
E eu estou aqui, como Chico em 64,
Bolado, de ser talvez fuzilado ou extraditado,
Silenciado, censurado, mas sou tão comportado,
Pago pra viver, estou aqui exilado,
Podem matar o profeta, mas nunca o espírito de um profeta,
Ele passa pela Terra sem deixar a porta entreaberta,
O suspeito de camisa vermelha?Subversão?
Marchando sem sono, esperando o ladrão,
Ando mais uma milha, mas armado de armadura,
Oração apontada pra tua candidatura!

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